quinta-feira, 6 de junho de 2013

Sugar, I love you

Arnaldo era do contra. E era retruca, para ele tudo sempre poderia ser diferente, porque não? Numa manhã de uma certa quinta-feira chuvosa ele entra num café do centro da cidade:

- Bom dia!
- Bom dia chefia, vai um café?
- Não obrigado, só o açúcar.
- Como? Café com açúcar?
- Não, meu filho, só açucar sem café.
- Mas o que o Sr. quer com o açúcar?
- Isso é problema meu.
- Mas o Sr. não pode comer o açúcar!
- Porque não? Você por acaso analisou meu hemograma?
- Meu Senhor, isso aqui é um café, sabe que tipo de gente entra aqui?
- Não sei e não quero saber, não sou do IBGE. Agora me traga um açúcar puro, por favor.
- Eu nem sei como cobrar!
- Isso é problema seu e preconceito também, porque não tem no cardápio? Porque sempre o café é quem manda? Café com açúcar? Com leite? Com adoçante? Ele por acaso pensa que é o dono do mundo?
- O Sr. me desculpe, mas essa conversa parece conversa de doido! Quem pode querer só o açúcar?
- E se eu fosse uma formiga? Formigas não tomam café!
- Se o Sr. fosse uma formiga não estaria aqui neste estabelecimento! Aqui não aceitamos animais!
- Jura? Nem para trabalhar?

Um comentário: